Notícias

HomeNotíciasReleasesNutrição hospitalar

Nutrição hospitalar

Na Santa Casa de Itapeva são preparadas, em média, 650 refeições por dia. Para se ter uma ideia, isso representa um consumo muito superior ao de um restaurante de pequeno porte. Mas, o preparo da alimentação hospitalar exige técnicas e cuidados específicos.

Para entender um pouco sobre o processo do preparo desses alimentos, entrevistamos a nutricionista Marta Regina Gretzitz, responsável técnica pela nutrição e dietética da Santa Casa.

Imprensa: Qual é a função da nutricionista dentro de um hospital?

Marta: A minha função, como nutricionista da Santa Casa, é garantir que o paciente receba uma alimentação adequada para a sua recuperação. Isso é feito através da dietoterapia.

Imprensa: O que é dietoterapia e como ela é aplicada na Santa Casa?

Marta: A dietoterapia é um procedimento utilizado pelo nutricionista para tratar doenças e prevenir suas complicações, por meio de uma alimentação adequada para cada tipo de problema.

Imprensa: Existem dietas diferentes para cada tipo de paciente ou todo mundo consome a mesma refeição?

Marta: As dietas são elaboradas de acordo com o diagnóstico médico e o histórico do paciente. Após conhecer o motivo da internação, o nutricionista pode determinar qual será a dieta mais indicada e comunicar à equipe de produção as características das dietas a serem preparadas.

O serviço de nutrição da Santa Casa também realiza entrevista com os pacientes internados. A finalidade é identificar suas preferências e, assim, oferecer dentro das possibilidades um atendimento mais individualizado.

Imprensa: Então, as dietas hospitalares têm diferentes características? Quais são elas?

Marta: As dietas podem ser modificadas quanto à sua consistência, temperatura, sabor, teor de nutrientes e fracionamento. Por exemplo, uma dieta para hipertensão terá uma quantidade reduzida de sódio. Para o diabético não serão oferecidos alimentos que contenham açúcar. Pacientes em quimioterapia geralmente não toleram alimentos quentes, nem com temperos fortes. Os idosos com dificuldade de mastigação precisam de alimentos mais macios. Nós procuramos adequar nossas refeições para cada caso.

Imprensa: E certamente isso tudo exige um cuidado com o preparo e a distribuição das refeições aos pacientes. Como é feito isso?

Marta: A equipe que prepara e distribui as refeições é comunicada sobre as dietas, que deverão ser feitas através de etiquetas de identificação para cada paciente internado de cada setor do hospital. Há também o controle de qualidade no momento do preparo, obedecendo aos critérios de higiene, tempo e temperatura para garantir a segurança alimentar e nutricional ao paciente.

Imprensa: Existem pacientes que não podem comer normalmente, sendo necessário outras vias de alimentação?

Marta: Existem alguns pacientes que não conseguem se alimentar em quantidades adequadas. E não é recomendado um longo período de jejum, pois sem alimento o corpo começa a enfraquecer e o sistema de defesa do organismo fica debilitado, aumentando as chances de aparecer infecções ou ficar um tempo maior internado. Então, quando o paciente não consegue comer em quantidades adequadas, nós podemos utilizar uma sonda para alimentação onde é infundida uma dieta industrializada que atende as necessidades diárias de nutrientes.

Outra alternativa utilizada, quando não há possibilidade de usar as vias normais de alimentação, é a nutrição parenteral, onde é utilizada uma solução nutricional especial preparada em laboratório para ser infundida diretamente na corrente sanguínea. Todos esses recursos têm como objetivo preservar o estado nutricional, ajudando no tratamento e na recuperação dos nossos pacientes.

Assessoria de Comunicação da Santa Casa de Misericórdia de Itapeva
Jornalista Responsável: Claudia de La Rua – MTB 34.796